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Violão de 7 cordas
De provável origem francesa o violão de 7 cordas nada mais é do que o violão de 6 cordas acrescido de uma corda mais grave. É a sétima corda que aumenta a extensão do instrumento para o fraseado das baixarias, ou seja, o fraseado nos graves em contraponto à melodia solista quase sempre criado de improviso.
Nas primeiras décadas do século 20, China e Tute foram divulgadores do instrumento, porém foi Horondino José da Silva - o Dino 7 Cordas - o responsável por popularizar e criar uma linguagem própria para o instrumento.
No período de 1980, Raphael Rabello elevou o violão de 7 cordas à condição de instrumento solista.
Sua afinação pode ser :
Francesa: mi - si - sol - ré - lá - mi - si
Afinação comum no Brasil: mi - si - sol - ré - lá - mi - dó
Show com Trio Cordame
Anotem as datas do Trio Cordame:
ESCOLA DE MÚSICA FERMATA
dia: 24/nov (HOJE!!!)
horário:18hs
R. Rodrigo Soares de Oliveira, 526 (em frente ao Bolão)
Anhangabaú - Jundiaí/SP
tel.: (11) 4586-7982
ENTRADA FRANCA
_________________________________________
BAR BRAHMA - Sarau de Artes da Cooperativa Cultural Brasileira
dia: 26/ nov (segunda-feira)
horário: 21h
Av. São João, 677 - Centro
São Paulo - SP
tel.: (11) 3333-0855
MusicFest Download
Um pouco de história de violão.....
Guitarra (ou violão) Instrumento de cordas beliscadas.
A moderna guitarra clássica (também chamada guitarra espanhola) tem seis cordas afinadas em mi-lá-ré-sol-si-mi e uma extensão de três oitavas e 1/5 desde o mi abaixo do dó central. Tem fundo chato e caixa de ressonância em forma de 8. O braço está munido de trastes metálicos. É tocada como instrumento clássico e também muito usada na música folclórica, na música pop e no jazz. Instrumentos eletronicamente amplificados forma desenvolvidos nas décadas de 1949 e 50, com caixas de muitos formatos diferentes.
A introdução da guitarra na Europa foi uma das conseqüências das Cruzadas. Durante o Renascimento, ela coexistiu com o alaúde e a vihuela* , permanecendo como instrumento essencialmente popular. Nessa época, era bem menor que o instrumento moderno, e dedilhada com quatro séries duplas de cordas, fornecia acompanhamento a canções e danças. Uma Quinta série foi adicionada no final do século XVI, e uma sexta no século XVII.
Nessa época, as séries duplas foram substituídas por cordas simples, uma corda para cada série. Avanços no desenho e na construção durante o século XIX deram origem ao formato moderno da guitarra clássica ou violão. No século XVII, o estilo dedilhado de execução foi gradualmente substituído por um mais elaborado estilo beliscado, como nas obras dos compositores espanhóis Gaspar Sanz e Francisco Guerau. A guitarra desfrutou de considerável renovação nos inícios do século XIX, como resultado do virtuosismo de instrumentistas como Fernando Sor e Mauro Giuliani, que escreveram grande quantidade de música para o instrumento. A popularidade da guitarra clássica no século XX deve muito ao ensino e aos recitais de um notável virtuose espanhol. Andrés Segovia. Muitos compositores do século X têm feito música para instrumento de Segovia :em 1920, Falla escrevia a primeira peça especialmente para esse instrumento, em sua versão moderna, Homenagem a Debussy ;no mesmo ano, Roussel compunha Segovia, dedicado ao mestre espanhol, para quem Villa-Lobos escrevia também 12 Estudos para Violão. O repertório para guitarra foi enriquecido ainda pelas contribuições de Frank Martin, Manuel Ponce, Benjamin Britten, Malcolm Arnold e Castelnuovo-Tedesco, autores de peças de câmara e vários concertos, dos quais o mais conhecido é o Concerto de Aranjuez, de Joaquín Rodrigo.
O violão brasileiro, que não difere da guitarra espanhola, formou com a flauta e o cavaquinho o conjunto básico para a execução dos choros*; e sempre foi o instrumento ideal, sobretudo nas áreas urbanas, para acompanhar o canto. Entre os compositores brasileiros que enriqueceram seu repertório ( além de Villa- Lobos, naturalmente), estão Guerra Peixe, Edino Krieger e Marlos Nobre.
Guitarra elétrica: instrumento universal da música pop, é um violão eletrificado. Um pequeno microfone colocado debaixo de cada corda capta o som, ligando-o a um amplificador. A guitarra baixo tem apenas quatro cordas, e faz na música pop o papel do baixo no jazz.
Vihuela: instrumento espanhol de cordas dedilhadas, muito usado no Renascimento. Seu corpo tinha o formato da guitarra, da qual foi o antecessor, mas suas cordas estavam dispostas como as de um alaúde*. [Espanhol]
Alaúde: instrumento de cordas em que a mão direita dedilha as cordas ponteadas no braço pela mão esquerda. O alaúde tem o corpo em forma de pêra e as costas abauladas. O braço contém sete ou mais trastes, feitos de pedaços de tripa presos transversalmente. As cravelhas estão alojadas na pá das cravelhas, curvada para trás em ângulo reto com o braço. As cordas, também de tripa, estão dispostas em séries duplas: a afinação do alaúde quinhetista de tamanho comum é sol-dó-fá-lá-ré-sol (sendo a corda mais grave a de sol abaixo do dó central); os outros tamanhos mantêm essa afinação relativa.
O antigo alaúde mesopotâmico data do ano 2000 a. C. ; o árabe (al’ud) foi a forma em que o instrumento chegou à Europa, ou durante as Cruzadas ou através da conquista da península Ibérica pelos mouros. Os alaúdes medievais tinham usualmente quatro séries de cordas e eram beliscados com um plectro; seu corpo era menos profundo que o do al’ud árabe. No século XV, o alaúde era popular como instrumento cortesão em toda a Europa ( exceto na Espanha, onde suas posições musicais e sociais eram preenchidas pela vihuela*). Nessa época, o alaúde apresentava-se usualmente com seis séries de cordas, isto é, um par de cordas para cada nota, em uníssono ou na oitava. O arquialaúde (ou aláude baixo), desenvolvido no século XVI, tinha dois jogos de cravelhas, um afinado para cordas ponteadas e outro afinado para certo número de cordas não-ponteadas do baixo. A tiorba é um alaúde baixo do século XVI com 14 cordas ponteadas e dez que não eram ponteadas, mas permitiam afinação pelas notas graves da harmonia. Em vez da pá de cravelhas angular do alaúde, a tiorba tinha as cravelhas alinhadas com o braço, permitindo, portanto, cordas mais extensas. Foi instrumento muito popular na Europa até finais do século XVIII. Outro alaúde baixo quinhentista foi o chitarrone, o qual, com seu braço exageradamente longo, podia atingir dois metros de altura; tinha oito pares de cordas ponteadas e oito cordas de bordão. No final do século XVI e durante todo o século XVII, o alaúde adquiriu mais cordas, ampliando os tons graves do instrumento; chitarrones de 11 e 13 séries eram comuns na França e na Alemanha, respectivamente. A necessária complexidade desses instrumentos e a popularidade do cravo acarretaram o declínio do alaúde no século XVIII. Alaúdes populares de vários formatos e dimensões têm sido usados em muitas partes do mundo; ainda são encontrados em países balcânicos e incluem o Buzuki grego, de longo braço com trastes, o cobza romero, de braço curto e sem trastes, e o tar turco, de braço longo e “cintura, que tem trastes móveis de tripa. A balaica* russa e a bandurra* espanhola são outros exemplos de alaúdes populares. Instrumentos similares têm sido feitos na Índia, no Japão e na China.
A música de alaúde solo no século XVI consistia em movimento de dança, variações e ricercari e fantasias contrapontísticas. Famosos compositores para o instrumento incluem o italiano Francesco da Milano, o alemão Hans Newsidler e , na Inglaterra, John Dowland e Francis Cutting. O alaúde foi também usado em consorts e para acompanhar canções, sendo sua música escrita no sistema de tablatura*, em vez da moderna notação em pauta. Na era barroca, os compositores alemães e franceses continuaram escrevendo música para alaúde ; o repertório inclui quatro suítes e outras peças de J. S. Bach. O alaúde foi reabilitado na década de 1950, sobretudo como resultado do trabalho de Julian Bream*,o maior expoente moderno do instrumento. [Em inglês, lute; em francês, luth]
Índice: O Violão Brasileiro
Nossos Pioneiros, Criadores e Intérpretes
Esta série cobre o rico universo da tradição violonística brasileira. Seus grandes personagens são protagonistas nestes programas ilustrados com gravações raras e entrevistas exclusivas. Ainda em andamento, a cada semana um novo programa da série será adicionado a este Blog. Sempre que possível incluímos um link para download do arquivo de áudio gravado diretamente transmissão online da Rádio CulturaFM. Posteriormente, esperamos fornecer links para gravações em MP3 de alta fidelidade. Relacionado a esta série, consulte este artigo de Fábio Zanon: O violão no Brasil depois de Villa-Lobos.
Conforme indicado, o áudio dos programas da série estão disponíveis para download nos formatos MP3-128K (arquivos de 50M, de alta fidelidade) ou ASF-32K (arquivos de 10MB, gravados da transmissão online) por um serviço de hospedagem de arquivos. A opção gratuita destes serviços está sujeita a várias limitações, siga com atenção as instruções nas páginas de download. As gravações em MP3 também estão disponíveis para download em hospedagem oferecida pela Luthier Guitars. Esta nova opção facilita em muito a transferência dos arquivos, sem os controles impostos pelos serviços gratuitos de hospedagem.
Clique no título do programa para dirigir-se ao roteiro ou sobre a indicação do formato de áudio e hospedagem para baixar o arquivo correspondente:
- MP3-128K/LG: Arquivos MP3 hospedados na Luthier Guitars
- MP3-128K: Arquivos MP3 hospedados no RapidShare ou MediaFire
- ASF-32K: Arquivos ASF hospedados no RapidShare ou MediaFire
Lista de Programas:
- Radamés Gnattali I MP3-128K/LG MP3-128K
- Radamés Gnattali II MP3-128K/LG MP3-128K
- João Pernambuco MP3-128K/LG MP3-128K
- Dilermando Reis MP3-128K/LG MP3-128K
- Francisco Mignone MP3-128K/LG MP3-128K
- Américo Jacomino, O Canhoto MP3-128K/LG MP3-128K
- Henrique Pinto MP3-128K/LG MP3-128K
- Laurindo Almeida MP3-128K/LG MP3-128K
- Radamés Gnattali III MP3-128K/LG MP3-128K
- Satyro Bilhar, Quincas Laranjeiras, Levino da Conceição MP3-128K/LG MP3-128K
- Turíbio Santos MP3-128K/LG MP3-128K
- Marlos Nobre MP3-128K/LG MP3-128K
- Marcus Llerena, Paulo Martelli, Marcus Vinícius MP3-128K/LG MP3-128K
- Glauco Vianna, Henrique Britto, Antonio Giacomino MP3-128K/LG MP3-128K
- Duo Assad MP3-128K/LG MP3-128K
- Theodoro Nogueira, José Vieira Brandão MP3-128K/LG MP3-128K
- Três Sustenidos, Sexteto Paulistano, Trio Opus 12, Quarteto Brasileiro MP3-128K/LG MP3-128K
- Radamés Gnattali IV MP3-128K/LG MP3-128K
- Quaternaglia MP3-128K/LG MP3-128K
- Rogério Guimarães, Mozart Bicalho MP3-128K/LG MP3-128K
- Jodacil Damaceno MP3-128K/LG MP3-128K
- Sérgio Assad MP3-128K/LG MP3-128K
- Guerra-Peixe, Lorenzo Fernandez, Walter Burle-Marx MP3-128K/LG MP3-128K
- Quarteto Maogani MP3-128K/LG MP3-128K
- Armando Neves MP3-128K/LG MP3-128K
- Maurício Carrilho MP3-128K/LG MP3-128K
- Isaías Sávio MP3-128K/LG MP3-128K
- Índios Tabajaras MP3-128K/LG MP3-128K
- Garoto MP3-128K/LG MP3-128K
- Marcelo Kayath MP3-128K/LG MP3-128K
- Radamés Gnattali V MP3-128K/LG MP3-128K
- As Mulheres e o Violão I MP3-128K/LG MP3-128K
- As Mulheres e o Violão II MP3-128K/LG MP3-128K
- José Alberto Kaplan, Bruno Kiefer MP3-128K/LG MP3-128K
- Edino Krieger, Ronaldo Miranda MP3-128K/LG MP3-128K
- Othon Salleiro, Benedito Chaves, Augusto de Freitas MP3-128K/LG MP3-128K
- Bola Sete MP3-128K/LG MP3-128K
- Francisco Soares de Souza, Canhoto da Paraíba MP3-128K/LG MP3-128K
- Radamés Gnattali VI MP3-128K/LG MP3-128K
- Heitor Villa-Lobos I MP3-128K/LG MP3-128K
- Edelton e Everton Gloeden MP3-128K/LG MP3-128K
- Heitor Villa-Lobos II MP3-128K/LG MP3-128K
- Musica Nova MP3-128K/LG MP3-128K
- Violão no Período Colonial MP3-128K/LG MP3-128K
- Flávio Apro, Gilson Antunes, Victor Castellano MP3-128K/LG MP3-128K
- Baden Powell MP3-128K/LG MP3-128K
- Ronoel Simões MP3-128K/LG MP3-128K
- Paulo Bellinati MP3-128K/LG MP3-128K
- Alexandre Eisenberg MP3-128K/LG MP3-128K
- Zé Menezes e Francisco Araújo MP3-128K/LG MP3-128K
- O Violão nos Rincões do Brasil MP3-128K/LG MP3-128K
- Almeida Prado, Aylton Escobar MP3-128K/LG MP3-128K
- Marco Pereira MP3-128K/LG MP3-128K
- Duofel MP3-128K/LG MP3-128K
- Violão em São Paulo I MP3-128K/LG MP3-128K
- Novos Intérpretes III - Maurício Marques, Thiago Colombo MP3-128K/LG MP3-128K
- Guinga MP3-128K/LG MP3-128K
- Erisvaldo Borges e Antônio Madureira MP3-128K/LG MP3-128K
- Francisco Mignone II MP3-128K/LG MP3-128K
- O Violão em São Paulo II MP3-128K/LG MP3-128K
- Paulinho Nogueira MP3-128K/LG MP3-128K
- Ernst Mahle MP3-128K/LG MP3-128K
- O Violão em Minas Gerais: Toninho Horta MP3-128K/LG MP3-128K
- Cláudio Santoro, Jorge Antunes, Souza Lima, Guerra Vicente MP3-128K/LG MP3-128K
- Sebastião Tapajós MP3-128K/LG MP3-128K
- João Luiz e Douglas Lora MP3-128K/LG MP3-128K
- O Violão no Nordeste: João Pedro Borges MP3-128K/LG MP3-128K
- Luiz Claudio Ribas Ferreira e Mario da Silva MP3-128K/LG MP3-128K
- Harry Crowl e Arthur Kampela MP3-128K/LG MP3-128K
- Violão em Brasília MP3-128K/LG MP3-128K
- Achille Picchi e Roberto Victorio MP3-128K/LG MP3-128K
- O Violão em São Paulo III ASF-32K
- André Simão, Duo Siqueira-Lima ASF-32K
- Camargo Guarnieri, Lina Pires de Campos, Antônio Ribeiro ASF-32K
- O Violão em São Paulo IV ASF-32K
- Dagoberto Linhares, Darcy Villa Verde ASF-32K
- Nicanor Teixeira ASF-32K
- Personalidades do Violão Carioca I ASF-32K
- Toquinho e Paulinho da Viola ASF-32K
- Fernando Araújo e Aliéksey Vianna ASF-32K
- Luiz Bonfá ASF-32K
- Léo Soares, Marcelo Fortuna
- Edson Lopes, Giacomo Bartoloni
A arte do violão
Programas idealizados e apresentados por Fábio ZanonUm dos conceitos mais artificiais que a crítica musical jamais cunhou é o de escola instrumental. Interpretação musical é uma expressão de individualidade exacerbada, e um grande intérprete é sempre aquele que cria seu próprio universo sonoro. Porém, num dado momento e num certo lugar, é possível perceber uma comunhão de interesses e prioridades musicais: a bravura da escola russa de piano, a precisão dos metais americanos, as qualidades arquitetônicas da regência alemã. No violão, aquilo que está mais próximo de constituir uma escola não acontece na Espanha, mas bem perto de nós, na Argentina, Uruguai e Sul do Brasil, uma espécie de escola rio-platense do violão.
Programa XX - A Escola Rio-Platense dos Anos 70
Um dos conceitos mais artificiais que a crítica musical jamais cunhou é o de escola instrumental. Interpretação musical é uma expressão de individualidade exacerbada, e um grande intérprete é sempre aquele que cria seu próprio universo sonoro. Porém, num dado momento e num certo lugar, é possível perceber uma comunhão de interesses e prioridades musicais: a bravura da escola russa de piano, a precisão dos metais americanos, as qualidades arquitetônicas da regência alemã. No violão, aquilo que está mais próximo de constituir uma escola não acontece na Espanha, mas bem perto de nós, na Argentina, Uruguai e Sul do Brasil, uma espécie de escola rio-platense do violão.
BG - Tamboriles?
É uma geração de violonistas que tomaram o mundo musical de assalto nos anos 70, e que tem em comum os professores argentinos Jorge Martinez Zarate e Abel Carlevaro. Eles freqüentaram os célebres Seminários de Violão de Porto Alegre e desenvolveram seu rigor musical com o compositor Guido Santorsola. Eles compartilham uma técnica límpida e natural, uma abordagem racional e analítica do texto musical e uma expressão sóbria. São, de uma certa forma, os europeus da América Latina. Em 1975, o prestigioso concurso internacional da Radio France em Paris teve dois argentinos e dois uruguaios na final; todos os quatro desenvolveram, posteriormente, uma carreira expressiva, mas o vencedor foi o argentino Roberto Aussel.
BG Aussel
Aussel nasceu em 1954, deu seu primeiro concerto aos 13 anos e já havia vencido os concursos internacionais de Caracas e de Porto Alegre antes do sucesso em Paris. Hoje ele é um nome freqüente no panorama internacional do violão e é professor na Escola de Música de Colônia, na Alemanha. Se, por um lado, seu temperamento conciliador tende a uniformizar indevidamente o repertório romântico e moderno, por outro ele é admirado por sua sonoridade líquida, que produz elegantes interpretações de obras barrocas, como esta suíte de Weiss:
CD Roberto Aussel
Weiss: Suite no.23, L´Infidele: Entrée, Musette 6´30
[desanúncio] Weiss foi um contemporâneo exato de Bach e o alaudista mais admirado do séc.XVIII. Esta suíte L´Infidele provavelmente deve seu título ao caráter beligerante à aparição de dissonâncias que eram consideradas "orientais" numa época marcada pelas invasões turcas. A tonalidade de lá menor era considerada apropriada para a expressão de um caráter majestoso, honesto e bem dosado, o que é uma descrição apropriada para esta interpretação de Roberto Aussel.
BG
No mesmo concurso de Paris em 75, o segundo prêmio foi dividido. Um dos agraciados foi Miguel Angel Girollet, um verdadeiro aristocrata do violão, que fixou-se em Madri antes de falecer prematuramente em 1996, sem deixar uma discografia. O outro tornou-se o violonista mais conhecido deste grupo, Eduardo Fernández.
BG
Fernandez nasceu em 1952 e, além de ter estudado violão com Carlevaro, tem também uma sólida formação como compositor e musicólogo. Como todos os violonistas desta geração, ele se serviu dos concursos internacionais como plataforma para sua carreira; além do prêmio em Paris, ele foi vencedor dos concursos internacionais de Porto Alegre e de Palma de Mallorca. Suas estréias em Nova York e Londres em 1977 arrancaram superlativos da crítica e levaram a gravadora Decca a convidá-lo para uma série de CDs. Não é para menos, as primeiras gravações de Fernandez já mostram um grau de maturidade incomum.
Villa-Lobos
Ginastera: sonata, 2o mov Scherzo 2.00
[desanúncio] Esta Sonata de Ginastera é um dos pilares do repertório do violão, mas Fernandez foi o primeiro a grava-la e até hoje seu registro é uma referência. Com um virtuosismo coruscante ele consegue esculpir a atmosfera alucinatória que é um dos ingredientes essenciais da arte de Ginastera.
BG
O que mais admiro em Eduardo Fernandez é sua cultura musical absolutamente impecável. Seguindo a tradição de Segovia e Bream, ele não se rende à pressão comercial e só inclui em seu repertório obras de primeira ordem; freqüentemente ele ressuscita obras-primas esquecidas e realiza primeiras gravações de obras contemporâneas, além de visitar setores inteiros do repertório com acuidade estilística e sensibilidade para as necessidades estruturais.
Fita: Legnani
Legnani: Caprichos em fa# menor e mi maior c.4
[desanúncio] Legnani é um contemporâneo exato de Paganini e esteve no centro da vida musical do séc. XIX; freqüentemente ele dividiu o palco com os maiores artistas de sua época, como Liszt, Clara Schumann e Moscheles. Seus 36 Caprichos são um compêndio do violão pré-romântico e estavam praticamente esquecidos até a gravação de Fernández.
BG
Fernandez é conhecido por uma admirável acuidade mental. Além de ser capaz de analisar em profundidade qualquer obra de seu repertório, ele é capaz de aprender obras inteiras de cor sem ter de tocá-las ao violão; ele é versado em literatura e tem pleno domínio de várias línguas, inclusive o japonês. Pode parecer que isso não tem nada a ver com o desempenho de um concertista, mas uma obra como a Sequenza de Berio exige de um intérprete não só uma técnica poderosa, mas também cultura no mesmo patamar. Nela, Berio constrói uma estrutura em que dois blocos de material contrastante são colocados em oposição logo no início; gradualmente ele vai criando pontes entre eles, ampliando as possibilidades técnicas do violão com técnicas emprestadas do flamenco e da guitarra elétrica.
CD Avant Garde
Berio: Sequenza XI 16.39
[desanúncio] Uma obra-prima que, devido à sua dificuldade, ainda não é tocada com freqüência. Fernández tem uma técnica de notável fluência; Se há uma pequena coisa a criticar é a sua qualidade de som, que às vezes resulta um pouco arenosa e sem lustro; ao vivo isso não é tão evidente, mas a engenharia de som de suas gravações pela Decca não lhe faz nenhum favor.
BG
Pode parecer que ele só tem interesse por raridades e obras muy sérias, mas ele também é capaz de produzir versões cintilantes de obras mais leves, como esta de Antonio Lauro, onde o compositor reproduz a sonoridade da harpa venezuelana. Os soldados de Bolívar provavelmente se divertiam tocando joropos como este. Não admira que tenham vencido a guerra.
CD La Danza
Lauro: Seis por Derecho 4´?
[desanúncio] O sucateamento das grandes companhias discográficas levou Fernandez a abandonar a Decca por uma gravadora menor, onde ele tem mais liberdade de escolha sem pressões comerciais. Sua total imersão em qualquer obra que esteja tocando produziu o que considero a melhor gravação das obras de Bach ao violão. Elas têm uma qualidade fundamental: coerência intelectual. A estrutura motívica é sempre articulada de maneira uniforme, a ornamentação é historicamente perfeita, sem se sobrepor à concepção original de Bach, e seu controle da dinâmica sempre respeita a macro-estrutura harmônica destas obras.
CD Bach
Bach: Suíte BWV 997, Prelude, Gigue, Double 2.40
1.24
1.22
[desanúncio] Mais recentemente, ele tem gravado o repertório do séc XIX com um instrumento de época, uma cópia de um violão de 1830 que pertenceu ao compositor desta peça, Dionísio Aguado.
Eduardo Fernandez, Romantic Guitar, Fx
Aguado: Introdução e Rondo op.2 no.3 em ré maior 9´30´´
[desanúncio] O vencedor do Concurso de Paris em 1977 foi o uruguaio Álvaro Pierri.
BG
Ele também já havia vencido o concurso de Porto Alegre e morou no Brasil por vários anos, como professor na Universidade de Santa Maria, no RS. Hoje ele divide seu tempo entre Montreal e Viena, e é o catedrático de violão nas escolas destas duas cidades, além de ser um concertista bastante requisitado.
Pierri tem talvez a técnica mais sofisticada de todos os violonistas dessa geração, mas ela serve a uma personalidade musical bastante excêntrica. Ele tende a desenvolver à máxima potência algum aspecto estrutural das obras que escolhe, e o faz de maneira absolutamente obsessiva, muitas vezes desconsiderando até mesmo as indicações do próprio compositor e qualquer convenção interpretativa consagrada pela tradição.
BG
Neste prelúdio de Villa-Lobos, por exemplo, ele toca o acompanhamento sempre com um ligeiro harpejo, espalhando as notas do primeiro acorde, exceto nos casos em que há um movimento cromático. O andamento é consideravelmente mais lento que aquele a que estamos habituados, especialmente na seção central, mas ele "desenha" o movimento melódico da peça com um controle de dinâmica digno de um ourives.
Fita Pierri
Brouwer: Villa Prelúdio no1 c.5´
[desanúncio] O caráter desta interpretação é totalmente diferente daquilo ao que o ouvinte está acostumado, mas ao mesmo tempo é de total coerência. Talvez não seja a gravação mais indicada para quem nunca ouviu a peça, mas para quem já a conhece é sempre instigante. É apropriado que um intérprete tão singular viva no Canadá, a terra de Glenn Gould, o pianista que mais defendeu o direito de intervenção intelectual do intérprete. Outro violonista argentino que tem suscitado bastante interesse nos últimos anos é Eduardo Isaac.
BG
Ele nasceu em 1956 e se escolou nos cursos ministrados por Carlevaro na Argentina e Porto Alegre. Ele é um múltiplo vencedor de concursos internacionais, entre eles os de Porto Alegre, Madri e palma de Mallorca, e tem se especializado no repertório do século XX. Além disso ele é catedrático de violão no conservatório de Entre Rios, e alguns violonistas brasileiros têm se aperfeiçoado com ele nesta cidade fronteiriça.
O que mais admiro em Isaac é o bom gosto na escolha de obras contemporâneas, que ele toca com verdadeira devoção, como esta sonata de Bogdanovich:
Cd 20th Century Guitar I
Bogdanovich: sonata I 1o mov 3.03
[desanúncio] Bogdanovich é um compositor sérvio que vive em San Francisco. Ele começou sua carreira como um compositor folclorista, seguindo o exemplo de Bartok, e mais recentemente tem utilizado elementos de improvisação numa obra imensa e de alto interesse. Esta sonata é uma de suas primeiras obras.
BG
A palavra-chave para definir Eduardo Isaac é a estabilidade. Suas interpretações sempre primam por um perfeito balanço entre inspiração e erudição, entre coração e cabeça. Sua sonoridade é algo opaca, mas amplamente compensada pela sua claridade de fraseado, como neste prelúdio de seu mestre Abel Carlevaro:
CD Carlevaro
Carlevaro: Evocación 5.33
[desanúncio] Carlevaro aliás é um compositor interessantíssimo, e esta gravação de um de seus melhores alunos é um tributo e uma referência.
BG
Quando eu tinha 15 anos de idade e estava começando a tocar profissionalmente, os colegas sempre perguntavam "quando é que você vai sair?", como se o único caminho para um concertista de violão sul-americano fosse residir na Europa ou nos EUA. A verdade é que todos os intérpretes deste Programa tiveram 100 % de sua formação em casa, construíram suas carreiras vencendo concursos internacionais, são idolatrados no circuito internacional de violão e, no caso de Fernández e Isaac, continuam morando em seus próprios países. Como o futebol, o violão sul-americano é referência mundial e artigo de exportação.
No próximo Programa, a arte de Manuel Barrueco e David Starobin.
Agradecimentos Henrique Pinto, Eduardo Fernández e Gilson Antunes.
Trocando as cordas corretamente - Importante
Trocar as cordas de seu violão você mesmo não é nenhum bicho de sete cabeças assim. Observando os diversos tópicos no fórum de música, do qual participo, contendo as mesmas dúvidas, e somando-se aos e-mails, scraps e cartas que recebo pedindo auxílio sobre como colocar cordas novas no violão, resolvi escrever este artigo, na tentativa de desmistificar o que muitos músicos e estudantes têm como verdadeiro filme de terror: a hora de trocar as cordas de seu violão por outras, novas.
Apesar de ser algo relativamente fácil, a troca do encordamento de um violão precisa ser feita da maneira que garanta às cordas durabilidade, boa resposta sonora, tensionamento bem-distribuído e permita segurança adequada na afinação, Uma corda mal-instalada pode se partir com pouquíssimas horas de uso, danificar o cavalete, as tarraxas e a até mesmo comprometer a estrutura do violão. Existem diversas técnicas consideradas “corretas” para se instalar encordamento - tanto aço quanto nylon, em violões. A seguir explicarei três das técnicas mais fáceis, versáteis, e comuns (quase todos os tipos de encordamento possibilitam esta forma de instalação).
-- Instalando encordamento em violão de Aço
Esta técnica é para violões de pino no cavelete e tarraxas de guitarra no headstock (mão). Violões que possuem estas características facilitam bastante a troca de cordas. Será necessário usar encordamento com bolinhas, pois os grampos do cavalete só aceitarão esse tipo de fixação. Primeiro afrouxe as cordas até que elas fiquem totalmente flácidas, depois remova o pino que a prende ao cavalete puxando-o pra cima. Se este estiver muito duro para sair, você poderá usar algum instrumento como alavanca, encaixando este entre a cabeça do pino e o cavalete, com cuidado para não fazer força demais e com isso danificar o violão. (Eu uso uma colherzinha de café: encaixo a polpa dela por baixo do pino e uso o cabo como alavanca). Após removido o pino retire a corda velha do orifício, encaixe a nova e encaixe novamente o pino, observando para que ele fique bem preso ao cavalete e com a cavidade cortada virada para a parte da roseta do violão. Agora solte a corda velha da tarraxa. Repita este processo em todas as cordas, e só então comece a enrolá-las nas tarraxas, uma a uma, mas sem afinar ou esticar elas totalmente. Só após estarem todas no seu lugar, comece a afinar o violão, e sempre pela corda mais grossa. No nosso caso, a “Mizona”. Veja o passo-a-passo nas ilustrações abaixo:
-- Instalando cordas em violão Nylon/Clássico (headstock Entalhado)
Muito mais complicado do que nos violões aço com acondicionamento profissional, instalar bem o encordamento em um violão Clássico é uma verdadeira arte e requer boa dose de paciência, mas também não é nenhuma coisa do outro mundo. Porém, a boa sonoridade, afinação, timbre e durabilidade das cordas estarão diretamente ligados à forma como estas serão instaladas e tensionadas nas tarraxas e no cavalete do violão.
Diferentemente das steel acoustic guitars, nos violões clássicos, o ideal é que se remova todo o encordamento velho antes de colocar o novo. Após ter feito isso, comece a fixar as novas cordas, pelo cavalete (de preferência comece pela “Mizona” ou a corda mais grossa do violão). Transpasse a ponta não-flexível da corda pelo orifício do cavalete na direção oposta à da mão do violão algo em torno de uns 10 cm. Faça então um gancho em forma de U com a ponta excedente e, com este gancho, volte por cima do cavalete e contorne a parte da corda que vai na direção das escalas do violão. Enlace, então ponta solta do gancho na ponta que dá continuidade à corda por uma ou duas voltas, como se fizesse um “trançado”. Feito isso, puxe a outra extremidade da corda até que o gancho abrace totalmente o cavalete, ficando ajustado entre o orifício transpassante e a parte superior do mesmo. Já na tarraxa, transpasse a outra extremidade da corda no furo que existe no eixo da mesma, volte-a e faça um gancho semelhante ao feito no cavalete. Após isso, trance a ponta solta na corda por umas 3 ou 4 voltas, antes de começar a enrolar esta no eixo. Só então gire a borboleta da tarraxa até que a corda fique esticada, porém, não afinada. Repita o mesmo processo em todas as cordas e afine o violão. CUIDADO: O mal-entrelaçamento das cordas pode comprometê-las, principalmente os bordões. As cordas primas tendem a “escorregar” enquanto estamos tensionando-as com nas tarraxas e cavalete, por isso, mantenha-a firme entre os dedos, para que a tensão fique uniforme em todas as pontas. Veja nas ilustrações abaixo o passo-a-passo:
-- Cordas de Aço em violão Clássico (Headstock Entalhado)
Um tipo muito comum nos violões aço não-profissionais, os direcionados para iniciantes - ou nos que foram adaptados de nylon para aço, é o com headstock (mão) entalhada - um formato que permite cordas de aço em tarraxas do tipo usadas em violões clássicos. Para esses violões geralmente as cordas possuem um “anel” na ponta que vai ser fixada no cavalete ao invés de bolinhas facilitando bastante sua instalação, pois basta passar a ponta solta de baixo pra cima no orifício do cavalete, depois por dentro do anel, e pronto. Porém, na outra extremidade - nas tarraxas, a coisa é um pouquinho diferente: Precisa-se passar ela totalmente pelo furo até a corda ficar quase esticada, depois contorna-se o eixo da tarraxa, passa-se a ponta por baixo da corda esticada e volta ela na direção oposta, formando um laço em forma de U. Depois é só girar as borboletas da tarraxa, até afinar a corda, e cortar com um alicate o excesso de ponta que sobrar, como nas ilustrações do passo-a-passo a seguir:
Espero, com este artigo, ter ajudado nas dúvidas e que nunca mais você entre em pânico toda vez que precisar trocar as cordas do seu violão.
[artigo encontrado na internet - sem autor]. Parabéns para quem escreveu ;-)
Aula iniciante- parte I
Aula Iniciante- parte II
Rozini RX228ACN
Por Miguel de Laet
Fabricar instrumentos no Brasil é trabalho para Hércules. Após a invasão dos instrumentos chineses, as empresas brasileiras tiveram de mostrar jogo de cintura para se manterem no mercado. A Rozini, apesar de jovem, já desponta como uma das principais fabricantes nacionais, pela ousadia e qualidade de seus produtos. Um exemplo de ousadia é a aposta na fabricação em série de um modelo oito-cordas, o RX228ACN.
Confeccionado com o tampo em pinho maciço, lateral e fundo em jacarandá, braço em cedro (com tensor) e escala também em jacarandá, o RX228ACN é uma opção mais acessível para quem quer se iniciar no mundo das oito cordas. A afinação adotada no teste foi a seguinte: 1. Lá; 2. Mi; 3. Si; 4. Sol; 5. Ré; 6. Lá; 7. Mi e 8. Si. No braço do violão, nota-se uma particularidade que já é regra nos instrumentos Rozini: a angulação mais pronunciada, que ajuda a evitar trastejamentos e proporciona uma tocabilidade mais macia. Outro detalhe que merece destaque é a largura do braço, bem próxima à dos modelos de sete cordas, o que representa uma menor distância entre as cordas.
A aparência do RX228ACN é bem rústica, sem muitos ornamentos, apenas detalhes simples de marchetaria na ponte e no mosaico. As peças foram bem coladas, os trastes bem fixados e a pintura esteve homogênea, porém foram encontradas pequenas rebarbas. Resumindo, é um instrumento robusto, com um acabamento sem muitas firulas.
Ficha Técnica
Modelo: RX228ACN
Fabricante: Rozini
Indicação: Violonistas que querem se aventurar no mundo dos oito cordas sem gastar muito.
Prós: Sonoridade e tocabilidade excepcionais.
Contra: Nenhum.
Preço sugerido: R$ 1.100,00
Tire sua dúvida com o fornecedor:
Rozini – (11) 3931-3648
www.rozini.com.br
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Cort CJ10X - Violão de aço versátil com ótima relação custo-benefício.
por Miguel De Laet
O mundo dá voltas e ensina que, para se chegar ao sucesso, não basta ter um grande nome. Um nome tradicional deve ser considerado e respeitado, mas não é necessário ter duzentos anos de tradição para se construir um violão de alto padrão por um bom preço. Ousadia e competência são atitudes fundamentais e a Cort prova isso na prática com o seu modelo jumbo CJ10X.
O CJ10X surpreende pela excelente escolha das madeiras, com veios bonitos e bem definidos. Fabricado na Coréia, possui tampo em pinho maciço; lateral, fundo e escala em jacarandá; e braço em mogno feito em uma só peça, o que proporciona maior resistência a cabeça, parte frágil do violão. A estética do instrumento é interessante, com o corpo revestido com verniz brilhante e o braço com acabamento fosco. Além disso, as marcações hexagonais e os ornamentos confeccionados em abalone confirmam a destreza oriental nos detalhes. Indiscutivelmente, o CJ10X possui um acabamento impecável, dos pés a cabeça.
FICHA TÉCNICA
Modelo: CJ10X
Fabricante: Cort
Indicação: Músicos exigentes.
Prós: Acabamento, captação, tocabilidade e sonoridade.
Contra: Nenhum
Preço sugerido: R$ 1.990,00
Tire sua dúvida com o fornecedor:
Equipo: (11) 2199-2999
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Cordas NIG N-490 - Encordoamento de aço macio e equilibrado
Por Miguel de Laet
Muitas lendas cercam o meio musical. Desde o famoso pacto com o capeta para se tocar bem viola até a dos encordoamentos NIG, que ‘não enferrujam’. Lendas à parte, a NIG, uma das mais conhecidas empresas de encordoamentos para guitarra, é ‘filha’ da tradicional fábrica Rouxinol. A sigla NIG não esconde sua ascendência, pois ‘rouxinol’ em inglês é NightInGale.
O encordoamento N-490 de tensão média confeccionado em bronze 85/15 (85% de cobre e 15% de níquel) foi testado em um violão Jumbo Yamaha CPX900. As dimensões do jogo são as seguintes: 0.009 (1.E), 0.012 (2.B), 0.015 (3.G), 0.025 (4.D), 0.035 (5.A) e 0.045 (6.E).
O visual da embalagem prima pela simplicidade. As cordas, apesar de estarem acomodadas em dois envelopes (divididos em primas e bordões) hermeticamente fechados, são diferenciadas por bolinhas coloridas que facilitam na hora da troca. Dois brindes acompanham o encordoamento: uma primeira corda extra e uma palheta.
Leia a materia completa na revista Violão PRO - nov/2007 - nas bancas
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Zoom A2 - Multiefeitos versátil e compacto
por Miguel De Laet
A japonesa Zoom é uma das principais desenvolvedoras de multiefeitos do planeta. Desde 1990, quando lançou o compacto processador 9002, a empresa vem fabricando, além dos famosos multiefeitos, produtos como baterias eletrônicas, samplers e gravadores digitais. A Zoom possui linhas de produtos voltados para o violonista, entre eles o multiefeito A2.1u, testado nesta edição.
O A2.1u possui um visual moderno. Sua cor verde-metálica com detalhes em preto e controles cromados remete aos carros de Fórmula 1 da extinta escuderia Jaguar. O aparelho é bem construído, compacto e pode ser levado na capa do violão sem o seu suporte inclinável, facilmente removível. Vem com um pedal de expressão que pode ser utilizado também como controle de volume, entrada P10 e saída balanceada XLR e P10.
Com uma amostragem de 96 khz/24 bits, o A2.1u apresenta uma qualidade sonora muito boa, com uma resposta rápida e sem ruídos nas mudanças de efeitos. Ao todo são 47 efeitos, entre reverbs, flangers, chorus e delays, sendo que até oito podem ser utilizados simultaneamente. Entre os destaques, estão os efeitos de simulação de violões Martin, Gibson, Ovation, Tacoma, e também de violão de cordas de náilon. Alguns timbres chegam a convencer, como o do J-45 da Gibson. Também é possível criar ambiências de microfonação e ajustar as respostas de freqüências, por exemplo, dos agudos finos.
Leia a análise na Violão PRO de novembro 2007 - Nas bancas.
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