Um pouco de história de violão.....

Guitarra (ou violão) Instrumento de cordas beliscadas.

A moderna guitarra clássica (também chamada guitarra espanhola) tem seis cordas afinadas em mi-lá-ré-sol-si-mi e uma extensão de três oitavas e 1/5 desde o mi abaixo do dó central. Tem fundo chato e caixa de ressonância em forma de 8. O braço está munido de trastes metálicos. É tocada como instrumento clássico e também muito usada na música folclórica, na música pop e no jazz. Instrumentos eletronicamente amplificados forma desenvolvidos nas décadas de 1949 e 50, com caixas de muitos formatos diferentes.
A introdução da guitarra na Europa foi uma das conseqüências das Cruzadas. Durante o Renascimento, ela coexistiu com o alaúde e a vihuela* , permanecendo como instrumento essencialmente popular. Nessa época, era bem menor que o instrumento moderno, e dedilhada com quatro séries duplas de cordas, fornecia acompanhamento a canções e danças. Uma Quinta série foi adicionada no final do século XVI, e uma sexta no século XVII.



História do Violão

Nessa época, as séries duplas foram substituídas por cordas simples, uma corda para cada série. Avanços no desenho e na construção durante o século XIX deram origem ao formato moderno da guitarra clássica ou violão. No século XVII, o estilo dedilhado de execução foi gradualmente substituído por um mais elaborado estilo beliscado, como nas obras dos compositores espanhóis Gaspar Sanz e Francisco Guerau. A guitarra desfrutou de considerável renovação nos inícios do século XIX, como resultado do virtuosismo de instrumentistas como Fernando Sor e Mauro Giuliani, que escreveram grande quantidade de música para o instrumento. A popularidade da guitarra clássica no século XX deve muito ao ensino e aos recitais de um notável virtuose espanhol. Andrés Segovia. Muitos compositores do século X têm feito música para instrumento de Segovia :em 1920, Falla escrevia a primeira peça especialmente para esse instrumento, em sua versão moderna, Homenagem a Debussy ;no mesmo ano, Roussel compunha Segovia, dedicado ao mestre espanhol, para quem Villa-Lobos escrevia também 12 Estudos para Violão. O repertório para guitarra foi enriquecido ainda pelas contribuições de Frank Martin, Manuel Ponce, Benjamin Britten, Malcolm Arnold e Castelnuovo-Tedesco, autores de peças de câmara e vários concertos, dos quais o mais conhecido é o Concerto de Aranjuez, de Joaquín Rodrigo.
O violão brasileiro, que não difere da guitarra espanhola, formou com a flauta e o cavaquinho o conjunto básico para a execução dos choros*; e sempre foi o instrumento ideal, sobretudo nas áreas urbanas, para acompanhar o canto. Entre os compositores brasileiros que enriqueceram seu repertório ( além de Villa- Lobos, naturalmente), estão Guerra Peixe, Edino Krieger e Marlos Nobre.

Guitarra elétrica: instrumento universal da música pop, é um violão eletrificado. Um pequeno microfone colocado debaixo de cada corda capta o som, ligando-o a um amplificador. A guitarra baixo tem apenas quatro cordas, e faz na música pop o papel do baixo no jazz.

Vihuela: instrumento espanhol de cordas dedilhadas, muito usado no Renascimento. Seu corpo tinha o formato da guitarra, da qual foi o antecessor, mas suas cordas estavam dispostas como as de um alaúde*. [Espanhol]

Alaúde: instrumento de cordas em que a mão direita dedilha as cordas ponteadas no braço pela mão esquerda. O alaúde tem o corpo em forma de pêra e as costas abauladas. O braço contém sete ou mais trastes, feitos de pedaços de tripa presos transversalmente. As cravelhas estão alojadas na pá das cravelhas, curvada para trás em ângulo reto com o braço. As cordas, também de tripa, estão dispostas em séries duplas: a afinação do alaúde quinhetista de tamanho comum é sol-dó-fá-lá-ré-sol (sendo a corda mais grave a de sol abaixo do dó central); os outros tamanhos mantêm essa afinação relativa.
O antigo alaúde mesopotâmico data do ano 2000 a. C. ; o árabe (al’ud) foi a forma em que o instrumento chegou à Europa, ou durante as Cruzadas ou através da conquista da península Ibérica pelos mouros. Os alaúdes medievais tinham usualmente quatro séries de cordas e eram beliscados com um plectro; seu corpo era menos profundo que o do al’ud árabe. No século XV, o alaúde era popular como instrumento cortesão em toda a Europa ( exceto na Espanha, onde suas posições musicais e sociais eram preenchidas pela vihuela*). Nessa época, o alaúde apresentava-se usualmente com seis séries de cordas, isto é, um par de cordas para cada nota, em uníssono ou na oitava. O arquialaúde (ou aláude baixo), desenvolvido no século XVI, tinha dois jogos de cravelhas, um afinado para cordas ponteadas e outro afinado para certo número de cordas não-ponteadas do baixo. A tiorba é um alaúde baixo do século XVI com 14 cordas ponteadas e dez que não eram ponteadas, mas permitiam afinação pelas notas graves da harmonia. Em vez da pá de cravelhas angular do alaúde, a tiorba tinha as cravelhas alinhadas com o braço, permitindo, portanto, cordas mais extensas. Foi instrumento muito popular na Europa até finais do século XVIII. Outro alaúde baixo quinhentista foi o chitarrone, o qual, com seu braço exageradamente longo, podia atingir dois metros de altura; tinha oito pares de cordas ponteadas e oito cordas de bordão. No final do século XVI e durante todo o século XVII, o alaúde adquiriu mais cordas, ampliando os tons graves do instrumento; chitarrones de 11 e 13 séries eram comuns na França e na Alemanha, respectivamente. A necessária complexidade desses instrumentos e a popularidade do cravo acarretaram o declínio do alaúde no século XVIII. Alaúdes populares de vários formatos e dimensões têm sido usados em muitas partes do mundo; ainda são encontrados em países balcânicos e incluem o Buzuki grego, de longo braço com trastes, o cobza romero, de braço curto e sem trastes, e o tar turco, de braço longo e “cintura, que tem trastes móveis de tripa. A balaica* russa e a bandurra* espanhola são outros exemplos de alaúdes populares. Instrumentos similares têm sido feitos na Índia, no Japão e na China.
A música de alaúde solo no século XVI consistia em movimento de dança, variações e ricercari e fantasias contrapontísticas. Famosos compositores para o instrumento incluem o italiano Francesco da Milano, o alemão Hans Newsidler e , na Inglaterra, John Dowland e Francis Cutting. O alaúde foi também usado em consorts e para acompanhar canções, sendo sua música escrita no sistema de tablatura*, em vez da moderna notação em pauta. Na era barroca, os compositores alemães e franceses continuaram escrevendo música para alaúde ; o repertório inclui quatro suítes e outras peças de J. S. Bach. O alaúde foi reabilitado na década de 1950, sobretudo como resultado do trabalho de Julian Bream*,o maior expoente moderno do instrumento. [Em inglês, lute; em francês, luth]

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